segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dilema


Que posso dizer?
Sou assim!
Posso ir contra o vento
Enfrentar furacões e tempestades
Mas não posso lutar contra
O incontrolável desejo
Que existe em mim
Desejo de te ter em meus braços
Sentir teu cheiro, teu calor, teu toque
De deixar que o vento leve
As sombras, as dores sentidas
Desejo de estar ao teu lado
Tocar teu rosto, segurar tua mão
Olhar fundo em teus olhos
Me deixar sentir, viver essa emoção

Como posso evitar?
Não te ter em mim?
Pois até o meu respirar
Meu suor, meu coração
Denunciam tua presença
Teu domínio além da razão

Então que posso fazer?
Me entregar, deixar levar?
Me segurar, racionalizar?
Mas preciso aprender
Que se tratando de amor
Que nem sempre o que se deseja
É o que se pode fazer

Pâmella Rosa

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Constatação



Um dia as flores murcham, caem ao chão
Os pássaros se recolhem, nos negam sua canção
Um dia, quase sem avisar
O verão se vai, a chuva e o vento
Começam á soprar
Numa manhã ensolarada
Ou numa tarde qualquer
Tudo o que sempre possuímos
Se esvai, é levado pela maré

São partes de um ciclo
Que por mais que nos esforcemos
Não podemos impedir
Como uma bola de neve 
Uma sina ou reação 
O bem e o mal nos surgem 
muitas vezes nos tirando o chão 


E sinto em constatar
Mas não podes impedir 
Não há o que se possa fazer 
Pra esse ciclo diluir 
Nem toda bondade
Toda regra e devoção
Fará com que te tornes
Intocável pela destruição
Mas cedo ou mais tarde ela vem 
Com impetuosa ousadia 
Não mede méritos ou valores 
Com um sopro leva embora 
Teus sonhos e conquistas 
Teus êxitos e sorrisos 
Com frieza e covardia
Sequer podes negociar
Justificar-te?Pra quê? 
Não importa o quanto lutaste
Dos sacrifícios que fizeste 
Quando chega a tua hora 
Não importa o que deste de você 
Chegou o teu tempo De sofrer!!!!