quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Incondicionalidade





Olhe pra mim...
O que estou fazendo?
 Indo contra todas as expectativas e conselhos
 Deixando de lado o aceitável, o que é de direito...
 Abrindo mão da defesa, baixando as barreiras num tempo de guerra
 Quanta loucura!!! Nem sempre o que se espera é o que queremos realmente fazer
 Nem sempre o que julgamos correto e justo está ao alcance de nossas vontades
 O que parecia suicídio me atrai como imã
Aquilo que batendo no peito declarei que não o faria
Meus pés me levam e sigo sem pestanejar...
Então não me olhes
Volte seus olhos em outra direção qualquer
A menos que queiras conhecer os princípios da insensatez
Do delírio e da entrega sem medidas...
 Pense comigo por que motivos mudarias teus conceitos?
Quais as razões que te levariam á fazer o que julgavas impraticável?
 A dor? A vingança? A raiva? O desejo? A cura?
Digo que o  amor!!!
Esse que me invade a alma e me tira os últimos resquícios de sanidade
Que se apodera de cada parte ínfima e transforma em pulso, latejar, entrega
Aquele que surge sutil, sorrateiro
 Entra, impregna,passa á fazer parte da tua essência
Sem que ao menos o percebas
E quando o notas? Já é tarde
A sensatez, o racional e o senso de auto defesa
Há muito já se foram...
Que me resta então?
Lutar e lutar com todas as forças
 Para tornar reais os conceitos pelos quais medi minha vida
 Nos quais me fundamentei para julgar e ditar destinos quando
 Um amigo corria á mim buscando por conselhos
Gastar todas as minhas forças, minha concentração em manter
 Lógico os passos que me levarão para longe da resignação,
Do perdão, do bem amado, da felicidade!!!
Não!
Gritem comigo se quiserem muitas vezes eu mesma o fiz
 Julguem, apontem-me seus dedos cheios de razões e justiça
Que um dia também apontei á outros
Mas não posso ir contra aquilo que lateja em mim
Viverei com loucura uma vez mais
Respirarei o ar do perdão uma vez mais
Soltarei-me de mim mesma uma vez mais
 Permitirei que a felicidade me acompanhe uma vez mais
E viverei! Com intensidade e paixão
Doarei com loucura todo o amor que existe em mim
 E quando enfim de amor me perder num mar de êxtase e realização
Ou que a vida me mostre outra vez que
Não valeu a pena e que enfim os monstros que me rodeiam existem
Que não há amor que possa superar a dor...
Ainda assim terei vivido
Com intensidade e prazer cada momento até esse dia
E direi de mim: Valeu sim! Cada gota de lágrima ou suor
E talvez o que me reste seja dizer: Sofri! Chorei!
Mas não me arrependerei! Pois com intensidade
Amei!
                                                              


Pâmella Rosa

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